Não podemos viver aquela lógica: “casa de ferreiro, espeto de pau”. Além de manter uma coerência entre o que diz e o que faz, o analista ajuda o paciente a vivenciar aquilo que tratam em análise.
Se eu digo para alguém confiar em mim, isso não basta. Ele pode dizer que confia, mas não sentir isso realmente. Então é algo que precisa ser vivido.
Na segunda cena do vídeo, o analista não apenas é franco e coerente com seu paciente, mas também propõe que ele fale o que está sentindo (“será que não está irritado comigo?”).
Ao poder sentir raiva, tristeza, amor ou ódio pelo analista, esses sentimentos se farão presentes na análise. Assim o paciente revive a experiência de questões importantes de sua vida. No passado ele não pôde se colocar da forma como gostaria, mas na análise terá a oportunidade de fazer diferente.
O que vivemos em análise, podemos atualizar em nossas relações cotidianas. Assim a vida se modifica e segue adiante.